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LIÇÃO 07 - A PROMESSA DE UM CORAÇÃO NOVO

LIÇÃO 07: A PROMESSA DE UM CORAÇÃO NOVO. 

Texto Áureo: “E vos darei um coração novo e porei dentro de vós um espírito novo; e tirarei o coração de pedra da vossa carne e vos darei um coração de carne.” (Ez 36.26) 

Leitura Bíblica em Classe: Romanos 2.25-29; Jeremias 31.31-34 

  

Introdução: A promessa em Ez 36.26 é voltada para Israel, não nesta dispensação da graça, mas para o futuro reino de Cristo, pós grande tribulação. Para nós igreja, essa promessa já se cumpriu quando nos convertemos a Cristo. Como Israel continua com o seu coração endurecido quanto a aceitação de Cristo como o único e suficiente Salvador, essa promessa coube a igreja. Na conversão a Cristo o nosso coração foi regenerado e transformado, ao começar bater em sincronia com o coração de Deus. Nosso coração pecaminoso foi substituído por um novo coração, moldado a sua imagem, obtido através da nossa fé em Cristo Jesus. É como um novo coração que passamos a experimentar uma nova vida com propósito, onde a nossa esperança em Cristo tornou-se uma realidade. Para que Israel alcance essa promessa será necessário passar por uma grande provação, que é o período de tribulação, pós arrebatamento da igreja. Quando se fala em coração, não é no sentido literal, pois se refere à nossa essência interior, à sede de nossas emoções, pensamentos, desejos e vontade, ou seja, a nossa alma.

  

1. A VERDADEIRA RELIGIÃO NÃO SE RESUME A RITOS EXTERNOS, MAS À OBEDIÊNCIA A LEI DE DEUS.  

Romanos 2.25 – Porque a circuncisão é, na verdade, proveitosa, se tu guardares a lei; mas, se tu és transgressor da lei, a tua circuncisão se torna em incircuncisão. Romanos 2.26 – Se, pois, a incircuncisão guardar os preceitos da lei, porventura, a incircuncisão não será reputada como circuncisão? Romanos 2.27 – E a incircuncisão que por natureza o é, se cumpre a lei, não te julgará, porventura, a ti, que pela letra e circuncisão és transgressor da lei? Romanos 2.28 – Porque não é judeu o que o é exteriormente, nem é circuncisão a que o é exteriormente na carne. Romanos 2.29 – Mas é judeu O que o é no interior, e circuncisão, a que é do coração, no espírito, não na letra, cujo louvor não provém dos homens, mas de Deus. 

Tércio de Icônio foi o amanuense do apóstolo Paulo, escrevendo a epístola de Paulo aos Romanos. A epístola foi ditada por Paulo e entregue à igreja em Roma por Febe, auxiliar da igreja de Cencreia, que estava de saída para Roma. A palavra amanuense vem do Império Romano e se referia a um escravo que era utilizado como secretário do seu senhor. Os cristãos que estavam em Roma, na sua maioria são judeus que se converteram a Cristo através do sermão de Pedro no dia do Pentecoste, onde cerca de três mil almas se renderam a Cristo. Muitos vieram de Roma ainda prosélitos para a festa da Páscoa e do Pentecoste. Foram doutrinados pelos apóstolos, até que veio a perseguição, quando retornaram aos seus lugares de origem. Acontece que muitos dos judeus agora cristãos, queriam impor aos novos conversos a imposição da circuncisão, como estava prescrito na lei mosaica, a qual tinha se tornado obsoleta, na nova aliança. A circuncisão é um ato físico, ou seja, um sinal externo da aliança de Abraão com Deus, como uma marca da identidade judaica. E essa circuncisão só teria valor se fosse totalmente acompanhada pela obediência a lei de Deus, isso na antiga aliança. A verdadeira espiritualidade não se resume a ritos externos, mas sim em total obediência a palavra de Deus. Para a nova aliança a circuncisão física não significa mais nada no sentido de espiritualidade, pois a verdadeira circuncisão, não é mais exteriorizada e sim interiorizada. A verdadeira religião não está mais em práticas externas, pois ela envolve uma transformação radical do coração, ou seja, da nossa mente. O que importa para Deus não é a nossa aparência exterior, mas sim o estado real do nosso coração, pois a verdadeira circuncisão é a transformação interior que nos leva a galgar de glória em glória a estatura do varão perfeito, que é Cristo. Deus requer de nós uma obediência sincera, isso é o que Paulo procurava aclarar para os judeus que confiavam na posição a eles conferida pelos privilégios e ritos do judaísmo, que não os levavam a uma vida espiritual avivada. Como cristãos praticando os ritos da lei a vida deles não atingiriam uma plenitude espiritual proporcionada pela presença do Espírito Santo. O apóstolo argumenta com eles demonstrando que a descrença e a frieza espiritual anulam qualquer benefício que se possa obter de ritos exteriores. A circuncisão, um sinal externo das alianças com Deus, não é suficiente para garantir a salvação como eles pensavam, pois a circuncisão verdadeira é a que ocorre em nosso coração, onde ocorre uma transformação interior, a qual chamou de regeneração, que é operada pelo Espírito Santo. A palavra diz que a lei em vigência na graça, não é a escrita em tábuas de pedra, mas sim a lei escrita nos corações pela ação do Espírito Santo. Na nova aliança ter nascido judeu ou ter sido circuncidado exteriormente não garante a salvação, pelo fato de não ocorrer qualquer transformação espiritual. A salvação na dispensação da graça é acessível a todos, independente de sua origem étnica ou religiosa.

  

2. A NOVA ALIANÇA, UMA NOVA ERA DA RELAÇÃO COM DEUS.  
Jeremias 31.31 – Eis que dias vêm, diz o Senhor, em que farei um concerto novo com a casa de Israel e com a casa de Judá. Jeremias 31.32 – Não conforme o concerto que fiz com seus pais, no dia em que os tomei pela mão, para os tirar da terra do Egito, porquanto eles invalidaram o meu concerto, apesar de eu os haver desposado, diz o Senhor. Jeremias 31.33 – Mas este é o concerto que farei com a casa de Israel depois daqueles dias, diz o Senhor: porei a minha lei no seu interior e a escreverei no seu coração; e eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo. Jeremias 31.34 – E não ensinará alguém mais a seu próximo, nem alguém, a seu irmão, dizendo: Conhecei ao Senhor; porque todos me conhecerão, desde o menor deles até ao maior, diz o Senhor; porque perdoarei a sua maldade e nunca mais me lembrarei dos seus pecados.

Esta é uma promessa escatológica, ou seja, ainda vai acontecer, mas somente no reino de Cristo no milênio. É lá que Israel já convertido viverá uma nova era, era essa que eles desprezaram na Antiga Aliança, mas como as promessas divinas são incondicionais, ou seja, a palavra diz em...Tiago 1:17. "Toda a boa dádiva e todo o dom perfeito vêm do alto, e descem do Pai das luzes, em quem não há mudança, nem sombra de variação." Da parte de Deus são incondicionais, mas para a nossa parte elas são condicionais e como Israel não cumpriu as condições, a promessa foi adiada para um tempo futuro após a grande tribulação. Quanto a igreja a promessa divina de irmos para a glória também é incondicional, ou seja, ela está em pleno cumprimento com os cristão que vão morrendo, até o ápice dela, quando ocorrer o arrebatamento. Porém essa promessa para a igreja é condicional, pois quem não estiver preparado e na condição de néscio, é certo que não alcançara essa promessa. Israel vai ter uma segunda chance pela promessa que Deus fez com Abraão, mas para a igreja não haverá uma segunda chance, pois ela é única. A igreja alcançou uma posição no sentido de conhecimento, superior ao do povo de Israel, ou seja, o conhecimento de Cristo através dos evangelhos, dos apóstolos pelas cartas apostólicas e pela obra do Espírito Santo em nós. A promessa de Deus escrever Sua lei nos corações é cumprida pelo Espírito Santo, o qual nos capacita a conhecer a Deus de forma íntima e a viver uma vida que agrada a Ele.  

Pastor Adilson Guilhermel

 

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