LIÇÃO 02 - PROMESSA
DE DEUS PARA ISRAEL
TEXTO ÁUREO: “E abençoarei os que te
abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas
as famílias da terra.” (Gn 12.3)
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Gênesis 12.1-3;
Romanos 9.1-5
Introdução: São
eixos centrais da bíblia vindos das promessas de Deus para Israel, que apontam
para a fé judaica e cristã. Deus estabeleceu uma aliança com Abraão que evolvem
especialmente o povo de Israel, com promessas que moldaram a história, sendo
que algumas já foram cumpridas e outras estão para se cumprir, mas tudo no
tempo de Deus. A terra prometida foi uma das primeiras promessas, terra essa
que é a de Canaã, não somente seria um lugar físico, mas também um lugar de
bênção e um símbolo da presença de Deus. Prometeu uma descendência numerosa, a qual
é uma promessa a ser cumprida no seu ápice, quando forem assentados na terra
prometida no reinado de Cristo que será o reino do milênio. É uma aliança
eterna e incondicional, o fato de Deus estar sempre com seu povo, protegê-lo e
guiá-lo e, isso é algo real e isso é visto porque Israel existe apesar de tudo
que já passou. Ninguém, ou seja, qualquer país que tentar contra Israel, jamais
o vencerá. Dentre várias promessas já
cumpridas está a principal e mais significativa que é a do Messias, um
descendente de Davi que traria salvação a Israel e ao mundo. Jesus é o
cumprimento de todas as profecias messiânicas e que a salvação é oferecida a
todos os seres humanos, judeus, gentios, por meio da fé em Cristo. A igreja
composta por todos os povos e raças é vista como o Israel espiritual de Deus e
a promessa que está na vez de se cumprir é o nosso arrebatamento como
igreja do Senhor que somos.
1. O CHAMADO DE DEUS E A PROMESSA FEITA A
ABRÃO
Gênesis 12.1 – Ora, o Senhor disse a Abrão:
Sai-te da tua terra, e da tua parentela, e da casa de teu pai, para a terra que
eu te mostrarei. 2 – E far-te-ei uma grande nação, e abençoar-te-ei, e
engrandecerei o teu nome, e tu serás uma bênção. 3 – E abençoarei os que te
abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas
as famílias da terra.
As ordens divinas são sempre
associadas com promessas. Deus diz: farei; abençoarei; engrandecerei, que
aparecem nesse texto. Deus não apresenta as razões dessa ordem, mas é como
dissesse: troca o que tu achas que é certo, pelo que tu achas incerto, mas na
minha direção, o que parece incerto é que é o certo. Isso nos faz entender que
Deus é generoso em suas promessas, nos que pensamos que é incerto. A tônica da
vida de Abrão foi separação, pois ele foi se separando, passo a passo, de seu
país, dos parentes, de Ló, das alianças mundanas e dos expedientes carnais, até
abandonar tudo e ficar sozinho diante de Deus. Em nenhum momento, Abrão fez
qualquer questionamento em relação a ordem divina, embora não sabendo para onde
ia, ele seguiu adiante atravessando uma terra desconhecida, onde poderia se
deparar com perigos e lugares desertos. Esse é um exemplo de obediência
absoluta e incondicional que fez com que fosse amado por Deus. A obediência é
algo que não pode faltar em nosso relacionamento com o Senhor, mesmo que pareça
que o que vamos enfrentar pareça incerto, mas a lógica é pisarmos firmemente o
chão da fé e vermos que ele é sólido. Para Abrão era um novo começo a partir do
momento que foi convidado a abandonar tudo e seguir um novo caminho. Essa
ruptura exigiu abandonar tudo que conhecia, o que exigiu fé e obediência. A
terra não foi revelada sendo um destino desconhecido, mas ele seguiu confiando
plenamente em Deus, sem saber o que o futuro lhe reservava. Ao partir, ele se
firmou na promessa de que sua descendência seria numerosa, formando uma grande
nação. A promessa de bênçãos se estende a Abrão individualmente, com
prosperidade farta. Também uma promessa de bênção para as nações, nesse caso
condicional a quem abençoassem Abrão seria abençoado, mas quem o amaldiçoasse,
seria amaldiçoado. Foi estabelecido por Deus uma aliança, em que Ele se compromete
a abençoar e proteger Abrão e seus descendentes, enquanto Abrão se compromete a
seguir a Deus com total obediência. São promessas que continuam sobre a
descendência de Abrão, visto que dela veio o Messias, para cumprir um plano de
salvação para a humanidade inteira. Esta promessa é condicional a reconhecer o
Filho enviado como o seu Salvador para fazer parte dela. Mesmo Israel não tendo
reconhecido Jesus como o Messias, eles continuam sendo um povo abençoado, tanto
no tempo presente, como no tempo que os levará ao reino de mil anos. Deus deu
duas revelações a Abrão, que envolve dois povos, um transcendental, que é a
igreja e um terreno, que é Israel no milênio. Ele disse a Abrão: olha para as
estrelas do céu, e veja se as pode contar. Olha para as areias do mar e veja se
as pode contar. Estrelas do céu, igreja glorificada e areia do mar Israel
restaurado no plano terreno. Com a igreja o plano está em andamento,
finalizando no arrebatamento e Israel após a grande tribulação, com o início do
reino de Cristo no milênio.
2. O ANSEIO DE PAULO PELA SALVAÇÃO DOS SEUS
COMPATRIOTAS.
Romanos 9.1 – Em Cristo digo a verdade, não
minto (dando-me testemunho a minha consciência no Espírito Santo): 2 – tenho
grande tristeza e contínua dor no meu coração. 3 – Porque eu mesmo poderia
desejar ser separado de Cristo, por amor de meus irmãos, que são meus parentes
segundo a carne; 4 – que são israelitas, dos quais é a adoção de filhos, e a
glória, e os concertos, e a lei, e o culto, e as promessas; 5 – dos quais são
os pais, e dos quais é Cristo, segundo a carne, o qual é sobre todos, Deus
bendito eternamente. Amém!
A nação hebraica foi alvo de um
maravilhoso privilégio, quando o Senho a adotou como primogênita por ter a
glória da shekinah, e por ser chamada para manter o testemunho do templo e seus
cultos. Mas o propósito de Deus, não era só conceder esse privilégio no sentido
exclusivista e, sim para estender para todos os povos da terra. Deus elegeu a
todas as nações para que possam partilhar o que receberam e comunicar aos
outros todas as bênçãos que lhes tenham sido confiadas. Israel pela sua dura
cerviz acabou perdendo privilégios porque viu que esses privilégios somente
como um meio de obter enriquecimento. A preocupação de Paulo com os cristãos
judeus que estavam em Roma, os quais embora tenham aceitado a Cristo como o
Salvador, ainda queriam manter alguns ditames da lei, que tinham se tornado
obsoletos e não mais praticáveis, pois a nova criatura em Cristo tinha que
viver por fé e não por vista. Eles tinham que entender que não estavam mais no
jugo da lei e, sim na dispensação da graça. O dilema de Paulo reside na
aparente contradição entre a eleição divina e a rejeição do evangelho por
muitos judeus. Nessa questão como conciliar a promessa que Deus fez a Abraão de
que nele seria bendita todas a nações se na realidade muitos de seus
descendentes não aceitavam a Cristo? O desejo de Paulo de ver seus irmãos judeus
salvos nos inspira a continuarmos a missão de levar o evangelho a todas as pessoas.
É preciso entender que Deus se importa profundamente com a salvação de cada indivíduo
e não cabe a nós questionarmos os caminhos de Deus, mas sim confiar na sua
soberania e amor. A angústia de Paulo leva-nos a uma reflexão sobre a
profundidade do amor de Deus e nos mostra que mesmo sendo dedicados ao serviço
do Senhor os sofrimentos serão inevitáveis, no entanto a fé e a esperança na
sua graça nos ajudam a superar todas as coisas.
Pastor Adilson Guilhermel
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